Realmente é difícil dizer qual é o melhor aspecto do Moto Maxx. Dizer que ele tem um excelente conjunto não faz por merecer suas excelentes características individuais. A começar pela tela que, com resolução Quad HD (2560x1440) faz com que o Moto Maxx seja atuallmente um dos três smartphones lançado no Brasil com essa impressionante resolução (além do LG G3 e do Galaxy Note 4). E, apesar da mesma resolução, ele te a maior densidade de pixels, por causa do seu tamanho, de 5,2 polegadas. Graças à tecnologia Amoled, ela apresenta um excelente nível de contraste e saturação de cores. O preto é realmente preto e não acinzentado, como nas telas LCD.
E debaixo dessa tela, temos poder de sobra para lidar com essa resolução, com os apps, jogos e sistema. Ele vem equipado com um dos chipsets mais poderosos do mundo, o Snapdragon 805, formado por um processador Krait 450 de 2,7GHz. São quase 3GHz em um smartphone! Além disso ele possui uma GPU gráfica Adreno 420, excelente para os jogos.
Tudo roda de forma macia no Moto Maxx. E rápida. Com seus 3GB de RAM, é possível manter vários apps rodando ao fundo, evitando ter que recarregá-los ao abrir. E além de ter tantos apps rodando simultaneamente, não irá faltar espaço para guardá-los. Em uma realidade onde é comum smartphone premium ter apenas 16GB de memória interna, impressiona ver os 64GB de armazenamento do Moto Maxx. Só faltou um slot para cartão de memória, mas espaço não será problema para este aparelho.
E para segurar um hardware tão poderoso como esse, só mesmo com uma bateria enorme. E são 3900 mAh, muito mais do que os 3200 mAh do Galaxy Note 4 ou do que os 3100 mAh do Xperia Z3. A Motorola promete uma autonomia de até 40 horas para esse aparelho, algo que realmente acontece com um uso mais moderado. Porém, com uso alternado entre moderado e intenso, 36 horas (um dia e meio) é mais condizente com a realidade. Ainda é um valor muito alto, mas são marcas que o próprio Note 4 e Xperia Z3 conseguem alcançar. Em compensação, está bem acima do resultado que o Moto X de 2ª geração consegue alcançar, geralmente menos de 1 dia.
Ele vem com um carregador turbo, que chama a atenção por ser muito maior do que a média. Em compensação, ele promete 4 horas de carga em apenas 15 minutos. Muito bom para quem precisa carregar o aparelho, mas está sem tempo.
Quem já olhou a geração atual de aparelhos da Motorola, perceberá que todos são mais ou menos parecidos. Moto X, Moto G e Moto E tem a mesma identidade, apesar de terem propostas diferentes. No entanto, o Moto Maxx é bem diferente de todos eles! A começar pelos botões capacitivos abaixo da tela. E as bordas que invadem a tela, também na parte inferior. A verdade é que o Moto Maxx lembra muito alguns aparelhos da Motorola, mas da geração passada: a linha Razr. Apesar de bonito, seu aspecto parece agradar mais os homens do que as mulheres.
Ele tem um aspecto bastante robusto e seu peso acima da média reforça essa sensação. Mas não fica só na sensação, pois o Moto Maxx possui uma tampa traseira em nylon balístico e, logo abaixo dela, uma camada de kevlar. São materiais usados em coletes à prova de balas! E o nylon balístico não sofre com marcas de dedos e arranhões. Mas existem relatos na Internet que esse nylon pode desfiar em certas condições.
Algo que gostei bastante no Moto X foram os comandos de voz. Poder dizer comandos mesmo com a tela desligada, ter um comando personalizado e vê-lo responder somente a sua voz era algo fantástico e útil no meu dia-a-dia. E felizmente, todos esses recursos estão presentes no Moto Maxx. Ele possui um processador de baixo consumo que fica te aguardando por todo o tempo. E além de ativá-lo por comando de voz, também é possível ver as notificações através de gestos, que são captados por 3 sensores infravermelhos que ficam o tempo todo ativos e funcionam até mesmo na escuridão total.
Com a integração do Google Now, é possível obter todo o tipo de respostas, programar alarmes, criar lembretes, ver a previsão do tempo... É impressionante! Também é possível ativar a câmera através de um gesto, onde balançamos a mão.
E por falar em câmera, ela tem 21MP, filma em Full HD e em 4K. A Motorola implantou um app bastante simples e com poucas funções. Mas a câmera é excelente e faz ótimas fotos e vídeos. Felizmente a Motorola está deixando para trás a má fama com suas câmeras, mas ainda não está no mesmo patamar dos aparelhos top de outros fabricantes. E sua câmera frontal, de 2MP, é ótima para selfies e filma também em Full HD.
Algo que muitos vão adorar no Moto Maxx é a sua interface. Ele usa praticamente o Android puro, com a mesma interface da linha Nexus. Ela é simples, elegante e rápida. Apenas achei os ícones exageradamente grandes. Poderiam ser menores, onde inclusive caberia uma maior quantidade por fileira na tela. A Motorola adicionou algumas funções à mais apenas. Isso é bom porque não lota o sistema de itens inúteis que você nunca irá usar, mas por outro lado é necessário fazer uma turnê na Play Store para baixar apps essenciais para funções que outros fabricantes já trazem por padrão. A Motorola até traz alguns apps seus, mas eles são para as funções mais importantes apenas. Uma vantagem é que, se você não quiser usar os apps da Motorola, pode facilmente desinstalá-los. Muito bom!
O Moto Maxx foi lançado com um preço muito bom para sua categoria, 2199 reais. Porém, ao contrário de outros aparelhos Android que vão ficando mais baratos com o tempo, recentemente ele subiu para 2399 reais. Já não é mais um preço tão convidativo, mas por enquanto é possível encontrá-lo por até 2100 reais, em raras promoções. Seus principais concorrentes são o Xperia Z3, Galaxy Note 4, LG G3, Galaxy S5, Lumias 930 e 1520 e até mesmo o Moto X, da própria Motorola. Apesar de ter concorrentes de preço, o conjunto do Moto Maxx é mais do que suficiente para ele conquistar mercado e se tornar o queridinho de muita gente.
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