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09/02/2014

Moto X - Fabricado pela Motorola, pensado pelo Google

 A Motorola foi no passado uma empresa essencial para a área de telefonia. Criou vários produtos fantásticos e era uma das maiores do mundo em seu setor. A linha StarTAC, UltraTAC e o Razr originais venderam muito, muito mesmo. Porém, ela perdeu muito percado após o iPhone, enfrentando altos e baixos, até ser vendida ao Google. Agora, quase dois anos depois, começamos a ver o fruto do que essa união trouxe: Os fantásticos Moto G e Moto X, aparelhos com ótimo desempenho, características inéditas em seus segmentos e com um preço mais do que justo. E hoje vamos conhecer o aparelho top da Motorola, que não é o máximo em características técnicas, mas que entrega um desempenho que não deixa à desejar aos seus concorrentes.
Para quem está acostumado à linha Razr e o seu visual mais quadradão e robusto, irá notar de cara a diferenciação dos novos modelos da Motorola. O Moto X tem o formato mais arredondado e sua traseira tem o formato de arco, o que melhora a "pegada". Como já é tradição na Motorola, sua área frontal não tem botões, sejam físicos ou capacitivos. Nós vemos apenas o vidro que recobre a tela, o alto-falante, a câmera e o microfone para ligações. Os sensores de luminosidade e presença também estão lá, bem escondidos atrás do vidro. Sua lateral direita não possuem botões, pois todos eles estão à esquerda do aparelho: liga/ desliga e de volume. Na parte inferior está o conector micro USB, usado para carregar o aparelho e também para conexão de dados. Na superior, está o conector P2 para fone de ouvido um segundo microfone para cancelamento de ruído.


A tampa traseira não é removível. Sendo assim, só é possível substituir a bateria levando o aparelho à uma assistência técnica. Essa tampa é coberta por um material que lembra o Razr I. Lá fora, essa tampa pode ser encontrada em várias cores, mas aqui no Brasil só encontramos nas cores branca, preta e mais recentemente azul. Na traseira estão também a câmera de 10MP e o flash de led.


Ao lado do conector do fone de ouvido está o 2º microfone, usado
para cancelamento de ruído.

O Moto X vem com o Android praticamente puro, com pouquíssimas alterações. Ele vem de fábrica com a versão 4.2 (Jelly Bean). Mas nesse meio tempo, já passou por duas atualizações, sendo a primeira para o Android 4.4 (Kit Kat), seguido por uma pequena atualização para a versão 4.4.2. Se pensarmos que a maioria dos aparelhos lançados dificilmente chegam a uma atualização, ver o Moto X ser atualizado tão rapidamente é bastante animador. Resta saber se com a recente venda da Motorola do Google para a Lenovo irá manter essa política de atualizações.
O Moto X já foi atualizado para o Android 4.4 (KitKat). E já saiu outra
atualização, para o Android 4.4.2
E com um Android digno da linha Nexus, é interessante ver como a versão pura é bonita. Está cada vez mais raro encontrar o Android puro ou quase puro rodando em um aparelho padrão de fábrica. Os fabricantes sempre estão querendo adicionar interfaces e recursos para diferenciar seus aparelhos dos outros. E talvez por não ter a adição de muitos recursos do fabricante, o Moto X "roda liso" o sistema e os apps, mesmo possuindo um hardware que não é de ponta.
Processador não é seu forte, mas o conjunto sim...

Com um chipset Snapdragon S4 Plus, o Moto X possui um processador dual core de 1,7GHz e uma GPU gráfica Adreno 320. É um ótimo hardware, acima da maioria dos chipsets MediaTek, inclusive aqueles formados por CPUs quad core. Mas está bem abaixo da linha Snapdragon 800 (Galaxy Note 3, LG G2, Xperia Z1 e Z Ultra) e até mesmo da linha Snapdragon 600 (Galaxy S4, Optimus G Pro). E porque a Motorola não usou um processador de última geração? É difícil saber o que se passa na cabeça do fabricante, mas é possível que essa decisão tenha sido tomada para diminuir o preço final (o Moto X é bem mais barato do que seus concorrentes), sem prejudicar a experiência final, já que ele roda muito bem praticamente tudo.

Então, mesmo com um hardware inferior, a combinação de um processador muito bom, com uma GPU gráfica ótima e um sistema Android quase sem alterações fez do Moto X um aparelho rápido, com sistema bastante fluido e uma resposta excelente.
Teclado padrão do Google agora tão função "Swype" onde você desliza
o dedo pelas letras para formar a palavra. Depois que se acostuma, você não
quer escrever de outra forma!
Tela Amoled com resolução HD

Sua tela de 4,7 polegadas é excelente. Ela utiliza a tecnologia amoled, que proporciona um contraste muito alto, pretos que não são "puxados" para o cinza e cores bastante saturadas. Há quem não goste da saturação e prefira cores mais naturais. Mas eu, particularmente, sou realmente fã das telas amoled e acho que as imagens ficam incrivelmente bonitas nesse tipo de painel.
Moto X à esq. e Moto G à dir. Ambos tem telas ótimas, mas só a do
Moto X é amoled.
Mas como nem tudo são flores, ela não é Full HD. Ela possui a resolução apenas HD, de 720x1280 pixels. Mesmo assim, você não consegue enxergar os pixels ao olhar na tela, pois sua densidade de pixels é bastante alta (312 ppi). É a Motorola/ Google mais uma vez investindo não em números, mas no que é necessário. E, exceto pelo efeito psicológico de saber que a tela não é Full HD, realmente é difícil perceber se há diferença (mas confesso, ela está lá, pois a definição das telas Full HD são excepcionais!).

Tela do Moto G à esq. e do Moto X à dir. Ambos tem resolução HD
(720x1280)

O Moto X ainda guarda alguns truques bastante interessantes na manga... 

Até aqui, nada de excepcional no Moto X, exceto pelo seu preço. Porém, a Motorola colocou alguns truques bastante legais no Moto X. O primeiro deles é um sistema de notificações bastante eficiente. Quando chega alguma mensagem de texto, email ou outro tipo de notificação, um ícone aparece na tela quando o aparelho está em stand by. Ele é discreto e consome muito pouca energia, pois ele acende apenas os pixels que irá utilizar na tela (na tecnologia Amoled, cada pixel possui iluminação própria, não sendo necessário ligar toda a tela para iluminá-lo).
Notificações no Moto X.
Sempre que você tira o aparelho do bolso ou pega ele na mesa, automaticamente o Moto X informa a hora na tela, sem apertar qualquer botão. É um pequeno detalhe que é muito útil no dia-a-dia, não precisando ligar o aparelho para ver as horas.
 Mas o recurso mais legal é sem dúvida nenhuma o de despertar o aparelho somente com os comandos de voz. Graças a um processador dedicado, o Moto X fica sempre te "ouvindo", mesmo com a tela desligada. Ao dizer as palavras "Ok, Google Now", automaticamente ele desperta e pergunta o que você deseja. Então você pode executar várias tarefas, como fazer uma pesquisa na web, programar um alarme, abrir um aplicativo, fazer uma ligação... E o mais interessante é que ele consegue distinguir a voz do usuário com a de outra pessoa! Sendo assim, somente o dono do aparelho é capaz de usar os comandos de voz! Muito bom!
Claro que nem tudo é perfeito. Em ambientes com muito barulho, nem sempre o Moto X ouviu o comando de voz. Além disso, aqui no Brasil as funções são mais limitadas. Por exemplo, nos Estados Unidos, ao realizar uma pergunta, o Google Now te responde por voz. Já aqui no Brasil, ele te dá a resposta por texto. É uma pena, pois por um tempo essa opção de reposta por áudio esteve disponível no Brasil (para o app do Google Now) e de repente desapareceu... Mesmo assim, os comandos de voz do Moto X são fantásticos e me deixaram com uma vontade enorme de comprar esse aparelho!
O Moto X também tem uma maneira rápida de ligar a câmera com o aparelho em stand by. Basta você girar o aparelho para frente e para trás (o gesto lembra o ato de abrir e fechar uma maçaneta de porta) e ele automaticamente liga a câmera.

E com 10MP, a câmera do Moto X tira fotos muito boas, mas não excelentes. A Motorola manteve sua tradição de não fazer câmeras muito boas. Ela faz fotos muito boas em ambientes claros. O problema é em ambientes escuros, onde as imagens ficam com bastante ruído e, em alguns casos, aparecem até mesmo umas linhas horizontais bastante estranhas. A dica aqui é realmente usar o flash, que no caso do Moto X melhora bastante a qualidade das fotos em ambientes com pouca luz.
Câmera traseiro do Moto X tem 10MP e tira fotos muito boas em
ambientes claros. Mas deixa um pouco a desejar em ambientes escuros.
As gravações na câmera traseira são realizadas em 1080p, enquanto que a câmera frontal filma em 720p. O aplicativo de câmera do Moto X é extremamente simples, com poucas funções. Não é possível sequer mudar a resolução das imagens/ gravações.
A interface, baseada em gestos, é um pouco confusa no início, precisando de um tempo de aprendizagem. Mas depois de algum tempo, fica bastante fácil de usar, até por causa das poucas opções. Deslizando o dedo da borda direita para a esquerda abre o painel de opções, onde é possível habilitar o modo HDR (bom para fotos com áreas de muita e pouca iluminação), ajustar o flash, habilitar o controle de foco, etc.
Detalhe do app de Galeria de fotos.
E o caso do controle de foco é bem interessante. Como você tira a foto quando clica na tela, não seria possível ajustar o foco por ponto. Porém, após atualização para o Android 4.4, o Moto X permite habilitar o controle do foco, que irá exibir um círculo na tela. Basta arrastar esse círculo para o ponto desejado e automaticamente o foco será direcionado para este local. Clicando fora dele, você tira a foto.
Moto X (abaixo) é mais fino do que o Moto G (acima).
 Para controlar o zoom digital, basta arrastar o dedo na tela no sentido vertical, próximo a uma das bordas. Algo que gostei bastante também é o modo de filmagem em câmera lenta. Ele registra o vídeo em 1/4 da velocidade normal, criando efeitos bem interessantes.

Diferença de tela: Moto X à esq. e Moto G à dir.
Em jogos, o Moto X se saiu muito bem, rodando até os mais pesados. Jogos como Fifa, Asphalt 7 e 8, Dead Trigger 1 e 2, Robocop e Real Racing 3 rodaram sem problemas, com  boa taxa de quadros, graças principalmente à ótima GPU Adreno 320. A única ressalva é que o jogo Asphalt 8 não rodou com todos os efeitos habilitados, algo que acontece somente em GPUs mais poderosas, como as do LG G2, Galaxy Note 3 e iPhone 5S. Mas todos esses aparelhos são bem mais caros do que o Moto X.
Detalhe da tampa traseira do Moto X: bateria não removível e textura que
lembra borracha.
Em relação a autonomia de bateria, ela durou bastante, acima da média de outros aparelhos. Mas também não mostrou valores surpreendentes. Com 2200 mAh, a bateria do Moto X foi suficiente para um dia inteiro de uso entre moderado e intenso, só necessitando ser recarregada próximo a hora de ir domir.
App do discador do Moto X.
Conclusão

Lançado por 1500 reais, o Moto X já era uma ótima opção, pois trazia um desempenho próximo aos aparelhos top, mas custando muito menos. Após o Google vender a Motorola para o Google, fomos agraciados com um corte de preço, onde o Moto X passou a custar 1100 reais. Se ele já era interessante, agora passou a ser uma excelente opção. Dificilmente você encontrará um aparelho com tantos recursos por um preço desses. E se você está inseguro com o futuro do Moto X, não tenha dúvidas de que a Lenovo não irá mexer nele até o fim de 2014. Se duvidar, ainda vai aparecer um Moto X 2 e somente em 2015 veremos um aparelho com a cara da Lenovo. É só pensar no tempo que levou para a Motorola lançar um aparelho com a ajuda do Google, sendo que a linha Razr foi desenvolvida sem nenhuma intervenção desse tipo.

Lado à lado do Lumia 620: diferença de tamanho.
Como principais vantagens, você terá um aparelho com Android quase puro e atualizado, ótimo desempenho, boa autonomia de bateria e a função de comandos de voz, tudo por um preço "matador". A principal desvantagem do Moto X é o hardware, que está um ou até dois passos atrás de outros concorrentes.




1 comentários:

  1. Tenho um moto x branco , ele parou de fazer e de receber ligações , ja tem 2 dias nn sei oque fazer .. Me ajuda pooor favor !
    Obbg .

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