E parece ser uma estratégia acertada, já que o Razr D3 está difícil de encontrar, tamanha a demanda; e o Razr D1 está vendendo como água. E finalmente tive a oportunidade de por as mãos no D1 e colocar minhas impressões sobre esse ótimo aparelho, que está revolucionando o mercado de entrada dos smartphones Android!
Características
- Tela LCD TFT de 3.5", 320x480, capacitiva e dens. 165ppi
- CPU single core de 1GHZ, GPU PowerVR SGX 531
- 1GB de RAM, 4GB mem. interna, (2GB p/ apps e 2GB p/dados)
- slot p/ cartão micro SD
- câmera traseira de 5MP, auto foco e HDR, sem flash
- sem câmera frontal
- 3G HSDPA até 7.2Mbps, wi-fi b/g/n, hostpot
- Bluetooth 4.0, A-GPS
- Android 4.1.2, garantia da Motorola de atualização
- Versões com single e dual chip e TV digital
- Bateria de 1785 mAh
- Dimensões: 110 x 59 x 11 mm
- Peso: 110 gramas
Design
Quem já tocou um dos novos aparelhos da linha Razr da Motorola se sentirá familiarizado com o visual do Razr D1. Ele possui praticamente as mesmas linhas, com as bordas levente chanfradas, o volume um pouco gordinho, os parafusos nas laterais e a aparência definitivamente diferente dos aparelhos de outros fabricantes.
Na parte frontal está a tela de 3.5 polegadas. Logo abaixo estão os três botões capacitivos: voltar, home e multitarefa. Eles não estão diretamente na tela, como no Razr i, algo que é muito bom já que diminuiria ainda mais o tamanho dela.
Na lateral direita podemos encontrar os botões de volume e de liga/ desliga/ travamento da tela. O conector micro USB é encontrado na lateral esquerda. Na parte superior está o conector P2 para fones de ouvido. Por fim, na parte superior há um pequeno recorte que permite abrir a tampa e acessar a bateria. Sim, ao contrário de alçguns aparelhos da linha Razr, o D1 possui a bateria removível.
Debaixo da tampa da bateria também estão os dois slots para os cartões SIM (na versão single chip é apenas um slot) e a entrada para o cartão micro SD. O D1 usa SIM Cards no tamanho normal, algo que está começando a ficar menos comum.
Tela
As 3.5 polegadas da tela são pouco para os padrões atuais. Mas ela me pareceu suficiente para a maioria das funçoes do aparelho, como navegação, jogos, fotos, apps... A resolução de 320x480 pixels, igual a do LG L5, não é suficiente para esconder os pontos na tela. Porém, a tela como um todo me agradou bastante, com bom nível de cores e contraste e é uma das melhores que vi em sua categoria. Por exemplo, ela não tem as imagens com aspecto lavado como vi em outros aparelhos.
Processamento/ Desempenho
Esse é um dos pontos que mais surpreende no D1. O processador single core de 1GHz, a memória RAM de 1GB e a memória interna de 4GB estão longe de fazer frente aos aparelhos top. Mas o que impressiona é que essa configuração é bem superior aos aparelhos de entrada, onde é comum encontrar processadores de 800MHz, 512MB de RAM e menos de 200MB de memória interna. Essa combinação e o processador gráfico PowerVR SGX 531 são suficientes para rodar bem até mesmo jogos pesados. Claro que alguns lags (momentos de lentidão) nos jogos poderão ocorrer. Mas no geral, o desempenho é muito bom.
Esse desempenho pode ser conferido também nos aplicativos instalados, que tem sempre uma resposta
muito boa, longe de parecer um aparelho do segmento de entrada. O Chrome, que é o navegador padrão do D1, funciona de forma fluída e sem engasgos, mesmo com muitas abas abertas. O único detalhe é que as vezes ele fica carregando a página em blocos, notando esse comportamento ao rolar rapidamente a página. Mas é algo que não prejudica a experiência de navegação.
Jogos como o Subway Surfers e Candy Crush Saga rodaram bem no D1, com desempenho superior a aparelhos considerados intermediários como o Atrix TV e o Galaxy Ace.
Retirando a tampa da bateria, é possível acessar os dois slots para SIM Cards e a entrada para cartão micro SD. |
Câmera
O Razr D1 possui apenas câmera traseira. Ela possui 5MP e foco automático. Não possui flash, mas em compensação vem com HDR, que é um recurso que melhora as imagens com diferentes tons de luz. Por exemplo, uma foto tirada de dia, mas com céu nublado terá na mesma imagem pontos claros e escuros e a tendência é que a câmera vá enfatizar um deles, prejudicando o outro. No modo HDR, a câmera registra várias imagens com diferentes ajustes de luz e junta tudo numa imagem só, melhorando a qualidade da imagem como um todo.
Infelizmente, a câmera segue a cartilha da maioria dos aparelhos celulares: fotos muito boas em ambientes com muita luz e bastante ruído em locais com pouca luz. Mesmo com o HDR, ainda assim aparece bastante ruído em imagens com pouca luz.
Quanto ao modo de filmagem, a câmera do D1 filma em até 480p. Nada surpreendente, porém algo que gostei muito é que dá para ajustar o foco durante a filmagem, melhorando a definição do tema gravado. Além disso, acredito que a filmagem é feita a 30 quadros por segundo, pois a gravação apresentou uma boa movimentação.
Sistema
Razr D1 (à dir.) ao lado do Lumia 620: Tamanho compacto |
Espessura do Razr D1 (à dir.) comparado com o Lumia 620: Ambos aparelhos são um pouco gordinhos. |
A solução que a Motorola tem adotado para o gerenciamento dos dois chips é bem eficiente. Na própria tela do discador estão os botões de seleção dos SIM Cards. Você tecla o número e aperta no botão do SIM Card 1 ou 2 para discar. Simples e intuitivo. O mesmo vale para as mensagens. O único porém dessa solução é que você fica impedindo de instalar um app de discagem de terceiros, pois não haverá como escolher qual SIM irá realizar a chamada, ficando apenas o SIM padrão selecionado.
Tela de 3.8" do Lumia 620 contra 3.5" do Razr D1 |
Com 1785mAh, a bateria do Razr D1 é suficiente para um dia inteiro de uso entre moderado e intenso, mesmo utilizando a função dual chip. Somente a TV digital (que não veio no aparelho que testei) poderia drenar essa bateria rapidamente. Mesmo não chegando à duração do Razr i, o D1 irá surpreender positivamente a maioria dos seus donos. E o fato de ser acessível permite trocá-la facilmente.
Bateria de 1785mAh do Razr D1: boa autonomia. |
O Razr D1, juntamente com o D3, formaram uma jogada de mestre da Motorola, que estava correndo o risco de se tornar uma empresa irrelevante, mas virou o jogo e criou um novo patamar de preços para o mercado de entrada (aparelhos mais simples e baratos) e intermediário (aparelhos entre os simples e tops). O D1 é, sem dúvida nenhuma, o melhor aparelho de entrada lançado até hoje e que ainda conta com um preço pra lá de competitivo. Felizmente os concorrentes já começaram a se mexer, sendo que a LG já lançou o L3 II e a Samsung disponibilizou o Galaxy Pocket Plus. Ambos são muito bons, mas o D1 ainda é o melhor dessa categoria.
O D1 vem com Android 4.1.2 e tem garantia de atualização pela própria Motorola. |
Parabéns ótima matéria sobre o d1.-
ResponderExcluirMatéria muito esclarecedora e com detalhes importantes. Parabéns!
ResponderExcluirOii Por favor Vocês sabem se com esse aparelho é possível assistir filmes on-line???
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