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18/08/2012

Meus celulares - do primeiro ao atual - parte 3 de 3

Finalizando a matéria onde comento sobre todos os celulares que tive (1ª parte aqui, 2ª aqui) , do primeiro ao atual, hoje vou falar dos últimos, os Milestones 1 e 2, o Galaxy SII e o Galaxy Note.

Motorola Milestone

Confesso que me empolguei com a entrada do Google no mundo dos smartphones com seu sistema Android desde a primeira vez que li a notícia. Mas ao conhecer o HTC G1, fiquei bastante decepcionado com o aparelho, pois esperava bem mais. Ele era muito inferior ao Iphone, tanto em hardware quanto em software.

Felizmente (as vezes infelizmente) o Google adora lançar versões betas do seu produto, mas os desenvolve de forma muito rápida e os torna cada vez melhores. Foi assim com o Gmail, Google Talk, Chrome... E não foi diferente com o Android, que ia ficando cada vez melhor.



E no final de 2009 saiu a versão 2.0 do sistema, um grande salto em relação às versões anteriores. E para casar o software com o hardware, a Motorola lançou um aparelho poderosíssimo para sua época, com uma tela de 3.7" com resolução de 480x854 e Gorilla Glass, teclado físico slide e um visual tiozão e bem diferente: era o Milestone.

Talvez muita gente não se dê conta do valor que o Milestone representa ao Android: foi o primeiro aparelho a conseguir vendas realmente expressivas, a mostrar boa usabilidade e a mostrar do que o sistema do Google era capaz.

Eu mesmo só dei valor ao Milestone quando o vi pessoalmente. Fiquei impressionado com o tamanho da tela e com a qualidade de imagem. As letras e palavras eram muito mais definidas do que o meu Nokia E63 ou qualquer outro aparelho que tinha visto anteriormente. Nem preciso dizer que a experiência de navegação e emails era a melhor que já tinha tido em um aparelho móvel.

Milestone 1 - A definição da tela era impressionante.


Mas nem tudo foram flores. O Milestone, após algum tempo de uso, costumava dar um problema nas teclas, onde elas eram tecladas uma vez, mas digitava a letra duas vezes seguidas. Muitas pessoas também reclamavam de problemas com o touchscreen da tela que ficava louco ou parava de funcionar em uma parte dela. E o pior defeito na minha opinião, a falta de memória para aplicativos, já que o Milestone só vinha com 160MB livres para instalação de apps. Empolgado com os apps, logo a memória ficava cheia e você tinha que desinstalar um para instalar outro.

Mas como o Milestone vendeu muito bem, era fácil encontrar soluções para seus problemas. Inclusive ROMs alternativas para melhorar o desempenho e aumentar a memória para apps. Até mesmo brasileiros desenvolveram ROMs muito boas para ele.

Milestone 2

O Milestone 2 veio substituir o primeiro que acabou apresentando defeito no touchscreen. Em relação ao primeiro, o Milestone 2 não chega a ser uma revolução, mas sim uma evolução, ou simplesmente uma correção dos defeitos. O Milestone 2 já vinha com o processador com clock de 1GHz (contra 600Mhz do Milestone 1), teclado físico muito melhorado, com teclas maiores e com maior relevo, 512MB de RAM (contra 256MB do Milestone 1) e 8GB de memória compartilhada para apps e arquivos (contra os 160MB do Milestone 1). Além disso, o Milestone 2 tinha uma pequena modificação na borda da tela e vinha numa cor azulada ao invés do preto.



Na minha opinião, a grande vantagem do Milestone 2 é a maior quantidade de memórias RAM e de armazenamento de apps, que fazem uma boa diferença em relação ao primeiro. Fora isso, os aparelhos são similares, pois até a velocidade do processador poderia ser aumentada no Milestone 1.

Enquanto que o Milestone 1 era um smartphone único, muito superior aos demais na época do seu lançamento e que só tinha o Iphone como verdadeiro rival, seu sucessor foi lançado num momento em que haviam aparelhos iguais ou superiores em performance. Por isso, ele não fez tanto sucesso quanto o original. Mas o Milestone 2 é um bom aparelho, muito superior aos aparelhos de entrada que são lançados hoje em dia.

Galaxy SII

Sempre achei o SII um ótimo aparelho, mas só fiquei realmente encantado quando segurei o aparelho de um amigo na mão. "Tela enorme! Muito leve! Muito bonito!" foram as primeiras coisas que pensei sobre o SII. Lançado numa época onde sua performance estava muito acima de qualquer outro, pela primeira vez eu conseguia ver sites em flash sem o navegador apresentar lag (travadas e diminuição da fluidez da tela)! Mesmo o aparelho mais próximo em performance do SII, o Motorola Atrix, não conseguia manter a fluidez do navegador quando o flash estava habilitado.

Fora o flash, não haviam desafios para o SII quando foi lançado. Ele rodava tudo bem e seu único limitador era o Android 2.3, que mesmo sendo a versão mais atual na época, tinha alguns problemas de fluidez na interface que só foram resolvidos na versão 4.0 do android. E depois que o SII foi atualizado para o ICS, o smartphone da Samsung ficou quase perfeito, Pena que a Samsung manteve a interface TouchWiz, que escondia a beleza do Android 4.0 puro. Mas isso também foi fácil de contornar, baixando na Play Store o Apex Launcher, que deixa o SII com a cara do ICS puro.

SII - O celular  da Samsung de maior sucesso até então - Existem muitos acessórios para ele 


Graças à todo esse poder do SII, eu passei a usar mais o celular para ver emails e navegar. Mas comecei a sentir falta de uma tela maior. Mesmo possuindo tablet de 7", nem sempre ele está a mão como um celular. Foi quando comecei a desejar um aparelho com tela grande. E quem conhece um smartphone com uma tela maior do que a do Galaxy Note?

Galaxy Note

Chegamos ao meu aparelho atual. O Galaxy Note é ainda mais poderoso do que o SII, com seu processador dual core de 1.4Ghz e uma tela Super AMOLED HD de 5.3" com resolução de 1280x800.



Eu pensei muito entre ele ou um aparelho com uma tela de tamanho intermediário, como os 4.65" do Galaxy X ou dos 4.8" do SIII. Mas o Galaxy X praticamente iguala em tamanho de tela com o SII por causa dos botões home, opçoes e voltar, que ficam na própria tela e roubam um espaço dela. O SIII talvez tenha o tamanho ideal, mas seu preço ainda é muito alto. Então a opção recaiu mesmo ao Note, que com certeza não decepcionaria no tamanho da tela e ainda é mais barato que o SIII.

Quando o aparelho chegou, a primeira coisa que chama a atenção é justamente a tela. Como é grande! Impressionante também como o Note passa uma sensação de ser leve, talvez porque o peso esteja bem distribuído no aparelho. Por fim, ele é bastante fino, mesmo perdendo para o SII nesse quesito.

Com o aparelho ligado, a tela continua à chamar a atenção, desta vez por causa da definição. Letras, contornos, tudo é mais definido em relação ao SII, apesar de considerar que a tela deste já era ótima. Mesmo com o Note utilizando a tecnologia Pentile, não se percebe problemas com as cores como já vi no Galaxy SI e no Motorola Razr.

A foto não faz jus à qualidade da tela
Como usava apenas um chip de dados no Galaxy Note, somente quando mudei para um chip de dados e voz que percebi que uma tela grande às vezes atrapalha também. Comecei a notar que é muito difícil manusear o Note com uma só mão. Algumas coisas são praticamente impossíveis de fazer sem usar as duas mãos, principalmente para quem tem mão pequena. Na atualização para o ICS, a Samsung implantou algumas idéias interessantes para amenizar isso, como o teclado que fica voltado para um dos cantos da tela. Mas não tem jeito: se você não quer fazer malabarismo, use o Note com as duas mãos.

O Galaxy Note ainda vem com a S-Pen, que permite alguns truques como desenhar na tela, fazer captura de imagens, edição de fotos e vídeos... Mas eu não a uso muito e a caneta nem influenciou a minha compra. Eu quis o note mesmo foi pela tela. Navegar, assistir filmes, jogar... Tudo é melhor no Note do que num smartphone com tela menor.

Hoje, não trocaria o Galaxy Note por outro aparelho. Apenas o SIII me deixa tentado, mas não tenho planos de trocá-lo. Já o Galaxy Note II...

E por aqui eu termino, após quase 13 anos de vida ao lado de algum celular. Nem parece que já faz tanto tempo que esses aparelhinhos entraram em nossas vidas e as mudaram tanto! Mas pensando bem, não posso dizer que estou terminando essa história, mas sim dando apenas uma pausa, pois acredito que ainda tem muito aparelho pra passar pelas minhas mãos...

Então que venha o próximo!



1 comentários:

  1. "Como usava apenas um chip de dados no Galaxy Note, somente quando mudei para um chip de dados e voz que percebi que uma tela grande às vezes atrapalha também. Comecei a notar que é muito difícil manusear o Note com uma só mão. Algumas coisas são praticamente impossíveis de fazer sem usar as duas mãos, principalmente para quem tem mão pequena. "

    Já imaginava...
    Como seria possivel manusear aparelho de tela tao grande com uma única mao? Não dá. Por isso falei outro dia sobre um limite de usabilidade nas telas pois nem sempre se pode usar as duas mãos no aparelho sem fazer malabarismo, quando a outra está ocupada. O S III já tem tela um pouco acima do limite do uso com uma mão pra maioria das pessoas [falo em conseguir tocar no alto da tela com a mesma mão que o segura].
    acho que o idela seria 4,5' de tamanho ou daqui a pouco teremos um Galaxy Tab 10,1 phone. Ficaria 'lindo' ele encostado na cabeça durante uma ligaçao telefonica.

    Marcos tony

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